
As áreas de litígio entre o Ceará e Piauí resumem uma contradição: enquanto os governos dos dois Estados negociam, há mais de um século, a propriedade geográfica de cerca de 150 comunidades em municípios como Viçosa do Ceará, Crateús e Poranga — do lado cearense — e Cocal, Pedro II e Buriti dos Montes — na parte do Piauí — milhares de famílias residentes nas localidades dessas divisas parecem viver em terras de ninguém. Amargam uma infinidade de problemas socioeconômicos marcados pela falta de serviços essenciais como água, esgoto, saúde, educação, transporte e estradas trafegáveis. Muitas das localidades, na estação das chuvas, ficam literalmente ilhadas, isoladas sem qualquer forma de comunicação.
http://joaseiro.com/O caso da Parnaíba
Um dos marcos da disputa entre Ceará e Piauí foi o acordo proposto em 1880.
"Os piauienses precisavam de um pedaço de mar para exportar algodão. Como um gesto de “boa vontade” com os vizinhos, o Ceará cedeu a localidade de Amarração, que fazia parte do município de Granja. Em troca, recebeu do Piauí a região de Príncipe Imperial. Hoje, essas áreas correspondem aos municípios de Parnaíba e Crateús, respectivamente. Mas o acordo político não foi bem costurado e acabou estendendo as indefinições acerca da divisa entre os Estados, criando a área de litígio que persiste até hoje.'
http://parazinet.wordpress.com/Diante da indefinição, que se arrasta por mais de 100 anos, no qual o litígio entre os estados do Piauí e Ceará não promoveu grandes avanços na qualidade de vida de suas populações, pois ambos estados figuram entre aqueles com piores indicadores econômicos e sociais, o jornalista cineasta brasileiro Arnaldo Jabor, sugere em uma de suas falas que a solução seria na área de litígio se crie um novo estado. Assim teremos a oportunidade de elegermos mais uma assembleia legislativa, governador, senadores e outros ilustres representantes do POVO, que pelo menos nos farão rir no horário eleitoral obrigatório no país do voto obrigatório.
Resta saber se o Supremo Tribunal de Justiça, vai conseguir analisar o julgar o processo da constitucionalidade da criação de um novo estado nos próximos 100 anos e se um novo litígio não vai se fazer diante da difícil tarefa de escolher o nome desta nova unidade Federação de estados brasileiros:
“Cerapió” ou “Piocerá”.
Como diz o Macaco Simão, "nóis sofre mais nóis ...".
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